A terceira casa em que moramos, foi um apartamento caverna no bairro do Raval, a vinte passos do Museu de Arte Contemporânea. Vimos o anúncio no Loquo e eu fui uma das primeira a visitar. Era um português que ia passar dois meses na Cidade do México e nos alugou sem exigências, apenas uma fianza de 300 pilas. Pagávamos um aluguel de 600, com internet, ótima localização, vista pra parede de tijolos, uma águia empalhada e dois patinhos de borracha no banheiro... ops, na casa-de-banho. 
Bom, nessa altura tínhamos nossa bagagem trazida do Brasil com alguns adicionais: guarda-sol, esteira, carrinho de bebê, colchão, chapéu. Feita a mudança conseguimos colocar tudo na já abarrotada casa do Rodrigo, o portuga gente boa. Como disse o apê era uma caverna, tinha que deixar luz acesa de dia, totalmente interno. Mas tinha seu clima com toda a decoração kitch, sala grande e cadeira com pés do Mickey.
Um dos banheiros era algo estranho, aliás tinha dois porque um com apenas um vaso sanitário. E uma janela. Na verdade esta parece ser uma prática comum aqui porque no apto atual também é assim, um banheiro com patente e o outro sem.

O melhor de tudo era a localização, no raval, ao lado do macba, do cccb, da fad... siglas sobre as quais falarei nos próximos posts.

 

Barcelona, 2008